Você se lembra do seu primeiro dia como um novo colaborador em uma empresa? Provavelmente você se deparou com uma longa lista de políticas de RH e requisitos de TI, ou outras atividades tediosas. Segundo os novos contratados, os programas de onboarding são muitas vezes maçantes e, no pior dos casos, inexistentes. O impacto crucial da fase de integração nem sempre é levado a sério. Ainda que o treinamento de compliance seja importante, ele é uma pequena parcela do que faz um programa de onboarding ser bem-sucedido.
Conforme a Aberdeen Group, existem quatro blocos necessários para construir um onboarding eficaz e impactante: Compliance, clareza, cultura e conexão.
Ao focarem demais em apenas um desses aspectos, as empresas perdem uma oportunidade única de causar uma primeira boa impressão nos novos contratados.
Ver o onboarding como um interesse organizacional
Ironicamente, os líderes parecem estar bem conscientes da importância do onboarding: 79% deles dizem que isso é uma questão importante e urgente (Deloitte HumanCapital Trends, 2014)
No entanto, não há conexão entre essa crença amplamente compartilhada e a realidade dos programas de onboarding, uma vez que apenas 32% das empresas têm atualmente um onboarding formalizado (Aberdeen research report, 2014). Muitas vezes também falta qualidade, já que tanto os gestores como os colaboradores não estão satisfeitos com a qualidade e a eficácia dos planos de onboarding nas suas empresas.
Há muitos elementos em jogo, porque 70% dos novos contratados decidem permanecer ou deixar uma empresa nos primeiros 6 meses (HIC 2012). Considerando o alto custo de perder um colaborador no primeiro ano (variando de uma a três vezes o seu salário), é do interesse de todas as empresas investir em programas de onboarding que funcionem.
Na verdade, os efeitos positivos do onboarding vão muito além das primeiras semanas de integração de um novo colaborador. Ele produz um impacto de longo prazo. Um programa de onboarding bem concebido pode aumentar em 69% a probabilidade de manter um colaborador durante pelo menos 3 anos (Aberdeen group 2013).
O papel dos profissionais de T&D para tornar o onboarding excelente
Os profissionais de T&D precisam aproveitar esta oportunidade para engajar e reter os colaboradores. Obviamente, o onboarding não é sinônimo de treinamento. Mas o treinamento é uma parte essencial do onboarding e pode determinar o seu sucesso.
Para que um novo colaborador tenha sucesso no seu trabalho, ele precisa de clareza, confiança e competências adequadas. Portanto, o treinamento para programas de onboarding deve combinar cursos sobre a empresa na totalidade e sobre as expectativas específicas de trabalho. A customização é fundamental para garantir que os novos colaboradores se sintam pessoalmente bem-vindos na empresa.
Criar uma rede entre colaboradores na organização também é um objetivo fundamental para qualquer programa de onboarding. Conhecer as pessoas certas e criar relacionamentos é importante para o bem-estar dos colaboradores. Além disso, isso irá ajudá-los a fazer o seu trabalho melhor e de forma mais rápida. Nas grandes empresas, o networking pode ser dificultado pela distância física entre os colaboradores. O treinamento digital pode resgatar a proximidade e ajudar os novos colaboradores a encontrar, interagir e a manter contato entre si por meio de comunidades on-line.
O onboarding é cada vez mais visto como um interesse organizacional. Por isso, é essencial que os profissionais de T&D agreguem valor para melhorar a qualidade dos programas de onboarding. Isso beneficiará os novos contratados e a empresa na sua totalidade, através do aumento das taxas de engajamento e retenção.