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Inteligência emocional no trabalho: saiba como desenvolvê-la

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Inteligência emocional no trabalho

A inteligência emocional no trabalho se torna cada vez mais essencial, especialmente em períodos de grandes transformações como este que estamos vivendo. Ela é a ferramenta necessária para enfrentar as dificuldades do trabalho e continuar alcançando os melhores resultados.

Hoje, ter um QI alto, um diploma de uma universidade de prestígio ou uma área de especialização diferenciada, não são mais suficientes para garantir o sucesso profissional. É necessário termos uma sólida base de conhecimento, claro, mas também uma gestão eficaz das emoções – individualmente e em uma dinâmica de equipe – para garantir que os colaboradores do século XXI sejam bem-sucedidos.

Neste artigo, abordaremos sobre o que é a inteligência emocional, sua importância no ambiente de trabalho e como ela pode ser desenvolvida nos colaboradores. Continue acompanhando a leitura!

O que é inteligência emocional?

Popularmente conhecida por meio do livro do jornalista Daniel Goleman (1986), a inteligência emocional é uma expressão que se refere à capacidade que um indivíduo tem para identificar e gerenciar os seus próprios sentimentos, bem como saber lidar com os sentimentos dos que estão a sua volta. Ele caracteriza a inteligência emocional em 5 competências fundamentais:

“As emoções são contagiosas. Todos sabemos disso por experiência. Depois de um bom café com um amigo, você se sente bem. Quando encontra um balconista rude em uma loja, se sente mal.” (Goleman, 1995)

Qual a importância da inteligência emocional no trabalho?

Em um ambiente profissional, a inteligência emocional pode revelar-se extremamente útil nas comunicações entre colegas. Com isso, resolução de conflitos, liderança, comunicação e relacionamento interpessoal são competências essenciais, mais requisitadas do que nunca, e podem influenciar fortemente o desempenho de uma equipe.

Afinal, todas essas competências trazem inúmeros benefícios para a empresa e melhoram o clima organizacional. E com um clima saudável e harmonioso para se trabalhar, os impactos positivos aparecem: aumento da qualidade de vida no trabalho, da excelência nos resultados, da produtividade, entre muitas outras vantagens.

Esses impactos provenientes da inteligência emocional ocorrem porque as empresas são lugares onde várias emoções são sentidas diariamente. Seja alegria, entusiasmo, ou até mesmo raiva, medo e frustração. O mau gerenciamento dessas emoções pode representar um obstáculo à eficiência e à coesão da equipe. Lutar contra as emoções, suprimir sentimentos negativos ou até responsabilizar os outros por sentimentos pessoais, são comportamentos negativos que impedem uma melhor comunicação com os outros.

Por isso, saber gerir as próprias emoções é fundamental para qualquer colaborador da empresa, além de ser a chave para o sucesso dos profissionais. Quanto as empresas, a inteligência emocional se tornou uma condição indispensável para o seu bom funcionamento e para o alcance de resultados surpreendentes.

Como desenvolver a inteligência emocional no trabalho?

Talvez você esteja se perguntando como desenvolver a inteligência emocional no trabalho de forma prática. É o que veremos nos passos a seguir. Confira:

1. Forneça feedbacks

Os feedbacks são a chave para promover a inteligência emocional. Eles não devem ser realizados só para mostrar pontos negativos e para “chamar a atenção” de um colaborador. Eles precisam ser análises respeitosas sobre a performance dos profissionais, relatando seus pontos fortes e fracos. Com esse retorno, é possível mostrar a pessoa de forma clara como ela pode melhorar os seus resultados e como o controle emocional pode ser uma grande estratégia para isso.

2. Promova o autoconhecimento

Para conseguir desenvolver a inteligência emocional nos seus colaboradores, é preciso promover o autoconhecimento neles. É muito comum que os profissionais não identifiquem em si mesmo alguns comportamentos e atitudes. Por isso, não aceitam bem feedbacks. O autoconhecimento é um dos primeiros passos para que realmente eles controlem as suas emoções e compreendam as do que estão a sua volta, o que consequentemente faz com que ouçam e entendam o retorno que recebem sobre suas formas de agir.

Uma das ferramentas que auxiliam neste processo é o mapeamento comportamental. Com ele, é possível fazer com que cada colaborador receba um relatório com as suas principais tendências comportamentais, mostrando o que os tem motivado, entre outras características que promovem esse autoconhecimento de uma forma prática. Acompanhar e mensurar os comportamentos é uma excelente estratégia para que as avaliações e os feedbacks não sejam apenas subjetivos. 

3. Respeite as diferentes personalidades

É fundamental que as diferentes culturas e personalidades sejam respeitadas durante o processo de desenvolvimento da IE. Saiba identificar quais características devem ser respeitadas e quais realmente precisam de mudança. Não existe um padrão de personalidade (pessoas mais enérgicas, mais introvertidas, mais espirituosas, etc.) para alcançar a inteligência emocional. A verdade é que os próprios colaboradores devem entender o que cada tendência comportamental pode influenciar positiva ou negativamente em cada processo. Dessa forma, eles saberão controlá-las e utilizá-las de forma inteligente.

4. Incentive a comunicação

A terceira prática para desenvolver a IE no trabalho é incentivar uma comunicação eficaz. Saber se comunicar de forma respeitosa e harmoniosa é um dos pilares essenciais neste processo. Mostre a equipe os benefícios de uma boa comunicação e explique como é importante ouvir os demais colegas de trabalho para reduzir o estresse no trabalho, aumentar o foco, a produtividade e manter um bom clima organizacional.

5. Capacite os líderes

A liderança tem grande influência na performance da equipe e nos resultados dos negócios. Eles têm a missão de conduzir os colaboradores e orientá-los para que os objetivos e metas da empresa sejam alcançados. Contudo, não são apenas suas palavras que têm grandes impactos, mas também suas atitudes. Um bom líder deve saber controlar as suas emoções e ser exemplo para toda a sua equipe. Por isso, o desenvolvimento de lideranças é fundamental para promover as competências emocionais no ambiente de trabalho.

6. Invista em treinamentos de soft skills

A inteligência emocional tem ligação direta com as competências comportamentais, também conhecidas como soft skills. Afinal, só as competências técnicas não são o suficiente para o sucesso de uma equipe. Um colaborador pode ter graduações concluídas, cursos ou saber manusear algum programa, mas sem o controle emocional, ele pode trazer muitos prejuízos para a empresa.  

Portanto, realizar treinamentos de desenvolvimento das soft skills é uma das estratégias essenciais nesse processo. Os programas de T&D devem avaliar as necessidades individuais de cada profissional para moldar as equipes e fazer com que elas atinjam as expectativas da organização.

Inteligência emocional no trabalho segundo Gill Hasson: conheça o método ABC

Gill Hasson, membro da CrossKnowledge Faculty, demonstra aos colaboradores e equipes como ouvir suas emoções e como aceitar e decodificar as mensagens que elas estão enviando. Consequentemente, o time trabalha mais produtivamente em conjunto, criando um vínculo genuíno de confiança e colaboração.

Gill Hasson desenvolveu um método exclusivo, conhecido como o modelo “ABC”, que incentiva os funcionários a assumirem a responsabilidade por suas próprias emoções e a reagir adequadamente, independentemente da situação. Esse método fornece ferramentas eficazes e acionáveis ​​para uma pessoa gerenciar suas próprias emoções, bem como as de outras pessoas.

Ela traz clareza e soluções para problemas reais, como inteligência emocional no trabalho, bem-estar, realização profissional, motivação da equipe e melhores relacionamentos interpessoais. 

As empresas que colocam a inteligência emocional no coração de suas estratégias de T&D terão sucesso não apenas para recrutar, mas também conquistar a lealdade de novos talentos, incentivando uma cultura de crescimento pessoal.


Sobre Gill Hasson

Gill HassonGill Hasson é professora, treinadora e escritora há mais de 20 anos, cobrindo todo o tipo de assuntos relacionados ao desenvolvimento pessoal. Ela ensina em centros de treinamento, organizações sem fins lucrativos, empresas privadas e organizações governamentais. Autora de vários best-sellers, incluindo Mindfulness: Be Mindful. No momento, sua principal motivação é ajudar pessoas a realizar todo o seu potencial e viver sua vida ao máximo.