O medo das empresas nunca esteve tão focado em uma geração: os millenials brincam com a mente dos líderes das empresas. Eles desafiam os modelos tradicionais e estão redefinindo os papéis que as pessoas desempenham nas empresas, em todos os sentidos. A presença da Geração Y no mercado de trabalho está crescendo cada vez mais e se tornando a maior de todas.
Falamos muito sobre essa geração porque sabemos que, para eles, ingressar no meio profissional não é fácil. Compreendê-los e saber da importância, papel e influência dessa geração para o avanço da organização é muito importante. Por isso, neste artigo, vamos falar do comportamento e dos desafios da Geração Y no mercado de trabalho. Confira!
Quem faz parte da geração Y?
Também conhecidos como millenials, a geração Y consiste naqueles que nasceram entre 1980 e 1996, também podendo se estender até 2005 segundo alguns autores. Contudo, na área de marketing e sociologia, falamos sobre pessoas em grupos com interesses em comum, porque eles geralmente compartilham das mesmas ideias.
Por isso, para os millenials, seu comportamento no trabalho nos interessa mais do que a idade em si. Portanto, é melhor falar sobre o comportamento da geração Y, do que sobre ela própria. E mesmo que essa geração possa ter mais impacto que qualquer outra, ainda é difícil definir parâmetros objetivos.
Quais são as características da geração Y no mercado de trabalho?
Novos comportamentos estão surgindo nas organizações. É fundamental identificá-los e reconhecê-los para que possamos entender o que eles significam e as vantagens que podem trazer para a organização. É aqui que o RH pode desempenhar um papel decisivo, apoiando a gerência intermediária (muitas vezes na linha de frente) e ajudando-os a navegar pelos códigos de conduta, atitudes e valores de seus colegas. Veja abaixo as principais características da geração Y no mercado de trabalho:
1. Insegurança
Para os millenials, comportamentos surpreendentes e inesperados podem deixá-los inseguros e com medo do pior. Essa atitude nos leva a questionar se a equação “foco na carreira + trabalho pesado = sucesso” realmente pode trazer sentimentos de felicidade e segurança ao restante da equipe.
Se um millennial não entender alguma coisa e tiver dúvidas ou inseguranças, pode até pensar que aquele trabalho não é mais para ele. Nunca uma geração em situação financeira tão precária saiu com tanta frequência de seus empregos seguros e estáveis. Alguns podem interpretar isso como medo do trabalho duro, enquanto que para outros pode mostrar força e convicção.
2. Questionamentos
Fora do escritório, você deve ouvir e ler que essa geração parece (e apenas parece!) ser feita por pessoas preguiçosas, ingênuas e submissas, que não têm ambição, não conseguem se concentrar, não são confiáveis, têm memória curta, não são adequados para a vida corporativa, e assim por diante.
Mas a verdade é que a geração do milênio valoriza o significado das coisas e do emprego. Esta geração não tem medo de fazer perguntas para se aprofundar além da superficialidade. Eles sempre desejam obter as seguintes respostas:
- Qual é o objetivo do processo e por que devo fazer parte dele?
- O que meu papel significa?
- Quais são os valores da empresa em que trabalho?
3. Ansiedade
Por conta do imediatismo presente na Internet, a ansiedade é uma característica marcante da geração Y no mercado de trabalho. Essa necessidade de respostas rápidas e de planos a curto prazo, faz com que algumas barreiras sejam criadas. Se sentem que estão estagnados, já desejam começar a crescer em outro lugar. Se situações fogem das expectativas, o estresse já se faz presente. Há uma dificuldade de fazer planos para o futuro e de permanecer na mesma empresa por muito tempo.
4. Qualidade de vida
Diferentemente dos seus pais e avós, os millennials prezam pela qualidade de vida acima do trabalho. Eles não querem sacrificar o bem-estar para realizar horas extras e nem querem chegar ao nível de exaustão. Por isso, os líderes que lidam com essa geração precisam ter um olhar mais humano com seu time.
5. Multitarefas
Outra característica marcante da geração Y no mercado de trabalho é o fato de conseguirem realizar diversas tarefas ao mesmo tempo, sem perder a qualidade de cada uma delas. Essa geração consegue receber vários estímulos juntos. Por exemplo, eles conseguem ouvir música ao fazer uma outra tarefa que exija concentração. Dentro do ambiente de trabalho, essa característica gera agilidade nas rotinas, fator que agrada muito os líderes que lidam com os millennials.
6. Diversão
Essa geração preza pela diversão e conciliam o trabalho com ela. Gostam de fazer piadas e brincadeiras durante o trabalho e preferem um ambiente leve e divertido. Eles entendem que o trabalho deve ser algo que eles gostem de fazer, para que não vire uma obrigação pesada.
Quais são os impactos do comportamento da Geração Y nos programas de T&D?
Os gerentes não podem simplesmente continuar liderando suas equipes como sempre fizeram. Eles precisam se adaptar a novos comportamentos que não estão de acordo com as hierarquias de cima para baixo.
Um treinamento direcionado pode ajudar os gerentes a desenvolver métodos sólidos e adotar abordagens positivas – é aqui que as habilidades sociais se tornam críticas. O que as empresas ganham ao se alinhar com esses novos comportamentos? Possivelmente, colaboradores motivados e engajados, empenhados na melhoria dos ambientes corporativos e com maior probabilidade de permanecer na organização.
Mas há trabalho a fazer nos dois lados. Se notarmos que os comportamentos típicos dos millennials vêm principalmente de funcionários mais jovens, devemos ajudá-los a se adaptar à vida profissional e desenvolver programas específicos de integração. Entre seus muitos atributos, os funcionários mais jovens tendem a ser:
- Altamente adaptáveis;
- Inclusivos;
- Bons aprendizes;
- Inabaláveis por erros;
- Interessados em métodos de trabalho ágeis.
É uma ótima geração para introduzir plataformas de experiências de aprendizagem, as famosas LXPs. A dica para direcionar os treinamentos para os millennials, é utilizar o mobile learning e optar por plataformas interativas que permitem essa personalização e que irão oferecer uma melhor experiência com a educação corporativa. E claro, os resultados de aprendizagem serão mais eficientes.
Qual a importância da geração Y para o desempenho de uma empresa?
Eles são naturalmente atraídos pelo trabalho ágil e pelas redes. Para eles, a satisfação é mais importante que o sucesso externo, e a participação em um projeto é mais importante do que gerenciá-lo.
Isso não significa que os millenials são mais disruptivos do que os mais velhos, mas sua capacidade de incorporar novos conceitos, sua facilidade de lidar com informações e suas assertivas habilidades de comunicação vão surpreender você. Essa geração é essencial para as empresas do século XXI.
Como lidar com a abundância da geração Y no mercado de trabalho?
Por que falamos tanto sobre a geração do milênio? Simples: nunca houve tantos jovens no planeta. Eles fazem parte de uma rede global. Eles são inteligentes e conhecedores de tecnologia, com a capacidade de acessar qualquer informação que desejarem em um piscar de olhos.
A atitude singular da geração Y é consequência do nosso mundo em mudança. Mas as gerações anteriores não devem julgar esse grupo tão fundamental. Em vez disso, as empresas devem repensar sua abordagem à liderança, gestão, hierarquia e tomada de decisão, a fim de criar harmonia entre a sua força de trabalho.
Jovens são o futuro. É importante mostrar seus talentos e desenvolver suas competências para que empresas possam colher os frutos!
Mas lembre-se: apesar de toda a flexibilidade presente nessa geração, é importante ter o equilíbrio e fazer com que eles aprendam sobre a importância do comprometimento. Dessa forma, a empresa irá desfrutar do melhor que os millennials podem oferecer.
Agora que você já sabe como é o comportamento da geração Y no mercado de trabalho, que tal continuar a leitura e descobrir como lidar com a diversidade cultural e de gerações dentro das empresas? É só conferir nosso artigo “Relação entre cultura e trabalho: diversidade e performance”.