Os executivos estão conscientes de que os tempos estão mudando e que precisam se adaptar rapidamente ou vão desaparecer: 80% acreditam que seus modelos de negócios estão em risco (McKinsey, 2015). Por isso, é preciso saber como inovar na empresa para não perder seu lugar no mercado.
Como as organizações podem continuar relevantes e competitivas quando tudo está mudando constantemente? Quais são as formas mais eficazes de enfrentar a forte concorrência? Como podem continuar agradando e retendo clientes, enquanto buscam constantemente o próximo grande sucesso de vendas?
A resposta está na capacidade que essas organizações têm de inovar. Mas, existem alguns desafios e isto nem sempre acaba sendo uma tarefa fácil. Continue acompanhando a leitura e veja como você pode inovar na sua empresa e quais são as dicas e estratégias necessárias para esta missão. Confira!
O que é inovação?
Antes de tudo, é importante saber que inovação não significa apenas ter uma boa ideia ou criar algo. Inovação e invenção são termos distintos. Por isso, nem toda invenção é uma inovação.
A inovação busca valor e é algo que precisa ser de fato aplicado. Ou seja, é uma atitude que procura constantemente os problemas e necessidades tanto da empresa, quanto do cliente.
Por que as empresas têm que inovar?
Como disse Gary Hamel, autor de best-sellers do Wall Street Journal e guru da inovação: “A inovação é muito importante. É a única garantia contra a irrelevância. É a única garantia de garantir a fidelidade de longo prazo dos clientes. É a única estratégia para superar uma economia enfraquecida” (Forbes, 2012).
E os executivos sabem disso: 84% acreditam que a inovação é fundamental para sua estratégia de crescimento. Estão claramente convencidos de que a inovação é de grande importância, mas também estão muito desapontados com sua própria capacidade de inovar. Na verdade, apenas 6% dos executivos estão satisfeitos com seu desempenho em inovação (McKinsey, 2015).
Por que, então, tantas iniciativas de inovação erram feio? Ter boas intenções e entusiasmo com a inovação não é suficiente. O problema está na forma como as organizações definem suas iniciativas nessa área.
Quem pode inovar?
Em um mundo de constantes mudanças e evoluções, a pergunta não é mais se “devemos inovar”, e sim “como devemos inovar?”. A verdade é que qualquer empresa pode inovar se estiver disposta a mudar seu caminho e avançar para o sucesso.
Mas, isto nem sempre é uma prioridade no mundo corporativo. As organizações às vezes precisam de uma certa ousadia para dar o primeiro passo, enxergar as novas necessidades, tanto da empresa quanto dos clientes, e começar a gerar o processo de transformação e inovação no seu negócio.
Os desafios e barreiras na hora de inovar
A inovação não é uma das tarefas mais fáceis de uma organização. Existem alguns desafios que vão precisar ser enfrentados durante este processo se o desejo final é obter sucesso e crescimento. Confira algumas dessas barreiras:
Confundir inovação com melhorias incrementais
Um dos maiores riscos é confundir inovação com melhoras incrementais de desempenho, e nesse erro incorrem 82% dos executivos! (Accenture, 2015, U.S Innovation Survey).
Essas melhoras de desempenho surgem a partir de uma série de pequenos aperfeiçoamentos de um produto que já existe e, embora esse processo normalmente ajude a manter ou melhorar a posição competitiva ao longo do tempo, não devem ser confundido com verdadeira inovação.
Má configuração das estratégias de inovação
Outra barreira se encontra na forma como se configuram as estratégias de inovação. Se elas carecerem de qualquer um dos elementos essenciais que ajudam a impulsionar as mudanças e gerar investimentos, continuarão sendo frustrantes e sequer fornecerão os resultados esperados.
Falta de interesse dos colaboradores
Atualmente, apesar de estarem totalmente conscientes da importância da inovação, as organizações estão enfrentando o que chamamos de crise da inovação. Por exemplo, apenas 5% das grandes empresas nos EUA que possuem programas de inovação dizem que os funcionários nesses programas se sentem altamente motivados a inovar.
Do outro lado do espectro, os funcionários, com muita frequência, sentem que suas novas ideias são pouco vistas e analisadas. Além disso, esses mesmos funcionários perdem o interesse em programas de inovação porque acreditam que não receberão nenhum benefício ou reconhecimento por desenvolver ideias de sucesso (MindMatters Technologies, pesquisa com 150 empresas nos EUA com programas de inovação, 2015).
Como inovar na empresa?
Quero inovar na minha empresa, mas por onde começar? Para dar início, os problemas e necessidades precisam ser identificados e compreendidos. Em seguida, é necessário buscar pessoas e informações que possam resolver esses problemas. Resumindo, é preciso unir a vontade com habilidades e estratégias.
Mas lembre-se, esse processo precisa ser feito com um bom planejamento e preparo. A direção que a empresa adotará no processo de inovação deve ser definida e bem gerenciada. Algumas perguntas são essenciais para fazer e ponderar antes de entrar em ação. Confira algumas sugestões:
- Que tipo de projeto a empresa irá apoiar?
- Quais problemas serão o foco para serem resolvidos?
- Como irá funcionar a gestão das equipes?
- Quais colaboradores irão participar e como vai ser feita essa escolha?
- Quais competências vão ser necessárias na equipe e como a organização pode prepará-los e treiná-los?
- Como as ideias serão selecionadas?
- Quais os pontos que terão prioridade na escolha?
- Como irá funcionar o acompanhamento e monitoramento durante os projetos?
Dicas e estratégias para inovar com eficácia
Afinal, o que uma empresa precisa para inovar e como ter sucesso neste processo? Alguns passos são essenciais para começar a tirar as ideias do papel. Confira essas 6 dicas e estratégias importantes:
1. Adote uma abordagem disciplinada e estruturada
Ao tentar consertar suas iniciativas de inovação, os executivos e as equipes operacionais devem ter em mente o seguinte: é essencial adotar uma abordagem disciplinada e estruturada para reforçar o poder de inovação da organização.
As iniciativas de inovação são projetos estratégicos críticos, e devem ser tratadas como tais. Significa implementar as ferramentas e processos corretos para evitar ciclos lentos de inovação que careçam de agilidade e não proporcionem uma inovação transformadora.
2. Concentre-se nas necessidades do cliente
Outra recomendação fundamental é evitar se concentrar apenas em produtos e inovações incrementais, como mencionado antes. Embora a inovação incremental seja importante, centrar-se nas necessidades e expectativas do cliente é o que trará valor para a organização.
É essencial fazer essa virada e tornar-se uma organização centrada no cliente, assegurando-se de sempre extrair inspiração das grandes ideias que partem deles.
3. Abra as portas para novas contribuições
Promover a inovação também significa abrir as portas para novas contribuições. Contar única e sistematicamente com as equipes de pesquisa e desenvolvimento para buscar inovação é um erro crítico. É essencial canalizar a inteligência coletiva de toda a organização e com isso envolver os membros de todas as equipes em debates sobre inovação.
4. Estimule o engajamento dos funcionários
Esta estratégia tem total ligação com o último tópico, pois para abrir as portas para novas contribuições é preciso também oferecer o sistema de apoio correto aos funcionários, mostrando-lhes que a organização valoriza suas ideias e dará continuidade as melhorias. Daí virá uma efusão de novas vozes e novas ideias na força de trabalho.
O benefício de criar um movimento em toda a empresa em torno da inovação e de novas ideias é estimular o engajamento dos funcionários. A chance de contribuir para o propósito maior da organização é um motivador importante.
5. Crie uma cultura de empreendedorismo
Isso nos leva à última recomendação, que está relacionada com a cultura organizacional. Para promover inovação, é essencial criar uma cultura de empreendedorismo e assegurar-se de que os funcionários aprendam a pensar como verdadeiros inovadores no mundo dos negócios.
Significa promover a originalidade como um valor, incentivando os funcionários a darem voz a suas opiniões e a defender seus pontos de vista. É extremamente importante inspirar a curiosidade deles, e incentivá-los a questionar tudo, até mesmo o óbvio. Perguntar-se sistematicamente “por quê?” ajuda a chegar à raiz de um problema e sair com soluções criativas e inovadoras.
6. Mantenha a mente aberta
Finalmente, uma cultura de inovação nos negócios exige que se mantenha uma mente aberta e, para fazer isso, é importante construir pontes entre funcionários, cargos, departamentos e até mesmo hierarquias.
Para as organizações que querem manter a competitividade em um mundo de mudanças contínuas, esses passos concretos e práticos podem ajudar a promover uma forte cultura de inovação, de dentro para fora.
Benefícios da inovação
Confira agora os principais benefícios que uma cultura de inovação pode gerar nas organizações:
Melhorias contínuas e otimização
A inovação busca sempre novas soluções para problemas recorrentes e formas mais práticas e eficientes para aderir nos processos da empresa. Com isso, é possível otimizar o desempenho dos resultados, beneficiando não só o trabalho dos profissionais, mas também questões estratégicas que agradam aos clientes.
Acompanhamento de tendências
Com toda a tecnologia e avanços que são cada vez mais presentes, é essencial que uma empresa se preocupe em estar ligado às tendências. Uma cultura de inovação facilita esse acompanhamento das tendências e faz com que a organização esteja acostumada a se adaptar melhor às mudanças.
Vantagem competitiva
Sem dúvidas. essa é uma das vantagens mais importantes. Afinal, a corrida em relação aos concorrentes nunca para. Uma constante busca pela inovação sempre traz melhorias e aprimoramento dos produtos e serviços, colocando a organização a frente desta corrida e conquistando novos clientes.
Nova cultura organizacional
A inovação não é só uma prática, pois ela deve trazer uma nova cultura para a empresa. O meio de trabalho se torna um ambiente que estimula a criatividade e avanço, deixando os colaboradores mais engajados e envolvidos com as causas da empresa.
E claro, isso contribui para melhora e qualidade dos resultados. Além disso, a companhia se torna mais preparada para agir de forma ágil ao se deparar com imprevistos.